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Anton Parks : A humanidade é uma criação extraterrestre


Introdução do jornalista Karmaone :

É uma boa notícia e ao mesmo tempo uma ante-estreia, uma bela exclusividade : Anton Parks, o autor das Crônicas do Gírku, que está a dar os últimos retoques ao segundo volume (Ádam Genisis) da sua saga, concedeu-nos uma entrevista.
Para aqueles que ainda não conhecem o seu trabalho, Parks esclarece de uma maneira totalmente inédita a história da humanidade antediluviana e desenvolve uma tese partilhada por cada vez mais de autores: nós somos o fruto de interações complexas com seres extraterrestres que pensamos serem "Deus" durante muito tempo.
Longe dos paradigmas do darwinismo e do criacionismo, Parks sugere uma origem da humanidade com base na decifração dos grandes mitos fundadores, como também dos textos sumérios e bíblicos.
Uma fascinante viagem que nos leva até às fronteiras das nossas origens.

Para explicar o mundo e as sociedades em que vivemos, utilisamos dois tipos de respostas : umas vêm das Ciência e das Humanidades, e outras dos mitos e lendas sobre a criação do mundo, e no que nos diz respeito, dos textos bíblicos. Infelizmene, somos obrigados a reconhecer que na prática, por diferentes razões, que as respostas às nossas questões fundamentais são insatisfatórias.
A teoria da evolução das espécies de Darwin no seu sentido mais estrito é incapaz de responder a pontos básicos como por exemplo ao surgimento súbito da inteligência, certas espécies animais e vegetais, bem como um pacote de anomalias temporais: artefatos; objetos e criaturas que encontramos em períodos da história terrestre demasiado antigos e que não são supostos encontrarem-se lá.
As histórias da Bíblia impõem tudo e não explicam nada. Elas informam-nos apenas sobre a existência de um elo de submissão eterno e inabalável entre um criador, "Deus" e as suas criaturas, os homens, todos culpados de um erro obscuro que envolve um fruto de uma árvore que os humanos não roubaram mas tiveram a curiosidade de provar, simplesmente porque uma criatura reptiliana lhes propôs.

A obra de Parks permite de ligar estas três áreas: as ciências naturais, as ciências humanas e os mitos e lendas fundadores das nossas civilizações. É uma obra totalmente original, à parte, surpreendente, que mergulha o leitor num ballet incessante de perguntas e de respostas, que joga com as raízes dos nossos mitos fundamentais e com a descodificação de línguas antigas e modernas, tudo isto numa saga épica. Ficção ou realidade? O leitor escolherá.

Adam Genisis é o segundo volume das Crónicas do Girku, a obra em vários volumes de Anton Parks, que conta a história do planeta Terra e as razões pelas quais a linhagem hominídea surgiu da reserva ecológica terrestre. Este segundo volume irá encantar os leitores do primeiro porque ele começa onde acabou o primeiro, no momento crucial em que Sa'am/Enki do panteão dos "deuses" sumérios, chega à Terra e deixa a sua marca numa sequência complexa e inexorável de eventos que levam ao surgimento da humanidade primária, e depois como a conhecemos. O projeto "humanidade" (porque trata-se mesmo de um projecto), deveria de ter sido uma maravilhosa aventura da Vida e da manifestação criada da inteligência. Infelizmente, esta aventura – como deixam a entender as crónicas sumérias e os textos bíblicos – será marcada pela alienação, pela submissão, e pelo sofrimento que ainda marcam as nossas sociedades humanas. Este destino pesado de sofrimentos e os limites dos aparelho cognitivo humano não estavam previstos no programa inicial. O homem contemporâneo experimenta uma vida manipulada, mutilada, alienada, feita de renúncia, de ignorância e de subordinações.

Como é que pudemos chegar a esse ponto ? Porquê ? Quais foram as razões que levaram ao surgimento de cultos monoteístas marcados pelo pecado original, a noção de punição, de submissão, aos conceitos de puro e impuro, de escolhidos ou de indesejáveis ? A este respeito, o segundo volume das Crónicas responda muito bem a estas perguntas e a entrevista que segue oferece-nos outras fascinantes perspectivas.

                                                                                              Karmaone




Anton Parks : "A Terre sempre foi um lugar de experimentação"


Karma One : O livro começa com uma citação surpreendente que consta ser uma das mais antigas tábuas de argila sumérias conhecidas até à data. Passo a citar : "Os répteis descem, indubitavelmente. A Terra é resplandecente como um belo jardim. A luz do dia não brilhava. O luar não havia surgido". Além de informações sobre o clima do nosso planeta, ficamos a saber que uma raça reptiliana a quem você chama Gina'abul ("lagarto" em sumério) desceu à Terra, o que implica que essa raça vinha de outro lugar, dos céus. Houve alguma reacção da parte dos linguistas, dos historiadores, de especialistas, a esta citação? É a única que fala directamente da chegada de répteis à Terra nas tábuas de argila sumérias? Por fim, quando lemos o seu livro, percebemos que existem muitos termos usados para designar várias raças e castas reptilianas. Neste caso, qual é a palavra que é utilisada no texto original?


Anton Parks :
Trata-se realmente de uma citação surpreendente. Não me lembro de ter visto alguma reacção da parte de autores ou de historiadores, mas também não li tudo.
Não, não é o único exemplo onde os "deuses" são assimilados a répteis. Por exemplo, existem as tábuas sumérias de Kharsag que datam do terceiro milénio antes de J.- C., que comparam a deusa Ninhursag (Ninmah) a uma Ninsir ("sacerdotisa serpente") e mais longe no texto, Enlíl é comparado a uma "Esplêndida Serpente de olhos brilhantes"... A partícula suméria SIR ou ŠIR10 evoca "uma serpente", a sua homófona ŠIR representa "a luz" e a forma verbal ŠÌR quer dizer "decidir" e "obrigar". Ora aí estão alguns atributos que são geralmente dados aos "deuses". Também podemos observar a semelhança entre o SIR4 (ou ŠIR) sumério cujo significado é "testículos" – verdadeiro símbolo da masculinidade – e a palavra inglesa "Sir" que é um título de honra reservado aos "homens de boa família" ou "de boa linhagem". Encontramos também este termo no resto da Europa como "Sire" (ndt: "Senhor" em português), denominação atribuída aos senhores, aos imperadores e aos reis.
Esta demonstração leva-nos a identificar uma ligação entre os "deuses" sumérios e a realeza e nobreza terrestres. Os diferentes "deuses" sumérios tinham nomes reptilianos, Enki-Éa, Senhor do Abzu (O Abismo terrestre) é, por exemplo, chamado de MUŠDA ("réptil poderoso") em algumas tábuas de argila sumérias.
Se bem me lembro, o termo utilisado na tábua de argila à qual se refere é MUŠ que evoca um "réptil" e "uma serpente".

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(Reptiliano de tipo Anunna ou "anjo" arconte)


Karma One : Porque é que usou o termo "Genisiš" no título, quando o termo mais utilizado é o termo "Genesis" ou Génesis ?


Anton Parks :
Como indico no início do livro, a terminologia Á-DAM GEN-ISIŠ ("situar e espalhar os animais") faz parte da língua suméria. As formas verbais GEN ("situar", "enviar") e ISIŠ ("espalhar", "chorar") evocam claramente uma criação, como o seu quase homófono latim Genesis, cujo significado é "nascimento". Quanto ao termo sumério Á-DAM, mostrei no primeiro volume que ele se traduz em "animais", "bestas", "rebanhos"... o que prova explicitamente que o ser humano (género Homo) ou Ukubi ("povo inferior" ou "quantidade inferior") é desde sempre considerado pelos "deuses" sumérios como um animal. Este facto também se salienta claramente nas tábuas de argila mesopotâmicas.


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O ser humano é muitas vezes representado nas tábuas mesopotâmicas como um "animal" que se mistura com os outros animais. Ele usa por vezes, como aqui, os atributos do gado de modo a marcar claramente a sua "animalidade".)


Karma One : Porque é que os répteis gigantes e outros dinossauros foram criados? Estes répteis gigantes eram divididos em duas categorias : os carnívoros e os vegetarianos. Qual é o propósito desta estranha experiência? Algumas pessoas têm especulado sobre o facto de que alguns destes répteis, como o Velociraptor, eram muito inteligentes, talvez até capazes de desenvolver uma cultura...

Anton Parks :
Só me posso limitar aos elementos que recebi. Salvo algumas raras excepções, os dinossauros já não estavam presentes quando os Anunna chegaram à Terra, há cerca de 300.000 anos. A Terra é e sempre foi um lugar onde todo o tipo de experiências foram efectuadas. No início de Ádam Genisiš explico que os dinossauros (Hušmuš = répteis selvagens) foram obtidos de experiências genéticas praticadas por alguns Kingú (os Gina'abul reais), antes mesmo de os Kadištu (planificadores) lhes terem permitido de se instalar oficialmente na Terra. Não é indicado no segundo volume porque aconteceu à muito, muito tempo atrás, mas é bem possível que algumas espécies de dinossauros "pacíficos" tenham sido criados por diferentes planificadores. É preciso saber que a Terra estava muito mais perto do Sol e que a atracção não era a mesma. A Terra afastou-se do Sol, provavelmente em várias vezes, seguindo as várias perturbações de ordem cósmica. Eu evoco o seu último afastamento do sol no dossier "Neb-Heru, a Estrela da Manhã" que se encontra no fim de Ádam Genisiš. Além disso, a arqueologia demonstrou-nos amplamente que o gigantismo reinou na Terra, no tempo dos dinossauros.


Karma One : Segundo a sua história, o Homem original (Namlú'u) que foi criado ao ínicio, é um homem extraordinário, quase superior aos seus criadores e quase tão poderoso, pertecente a várias dimensões, dotado de capacidades de clarividência surpreendentes, capaz de ler os pensamentos de quem quer que seja. Este homem original parece singularmente próximo da Fonte, ou seja, do Mundo Criador, ou "Deus". Quem são exatamente os criadores dos Namlú'u? Porque é que criaram estes seres tão incríveis? E porquê nesta forma ?

Anton Parks :
Eu penso sinceramente que os Namlú'u ainda existem em alguma parte do Angal (dimensões superiores). O termo NAM-LÚ-U18 ("grande(s) ser(es) humano(s)") era usado pelos "deuses" e pelos Sumérios para denominar a humanidade original. Mais tarde, este termo foi utilizado para denominar os Sumérios que encarnavam na Mesopotâmia a primeira humanidade, a que esteve em contacto com os "deuses" que encontramos na Bíblia sob os nomes de Yahvé e Elohim.
A partida dos Namlú'u da nossa dimensão sincroniza-se com a chegada dos Anunna à Terra. Os Namlú'u são seres que abrangem capacidades fora do comum. Eles foram criados a partir do zero pelos Kadištu (planificadores) que semearam a vida neste planeta. Eles eram uma espécie de guardiões da Terra antes da chegada dos Anunna. Existem alguns textos gnósticos, como "O Livro Secreto de João" (NH2-1.28) que anuncia que "este ser foi criado pelos "criadores", à imagem de Deus (a Fonte) e conforme às suas respectivas aparências. Este ser primordial perfeito associava os diferentes poderes de que eles (os criadores) foram recompensados, tanto fisicamente como psicologicamente". Que eu saiba, o Namlú'u possui um tamanho de vários metros (cerca de 4 metros), eles detectam os pensamentos e têm sobretudo a capacidade de deslocarem-se muito rapidamente de um lugar a outro com a ajuda da Merkaba que é o campo de luz individual cuja transformação, graças à utilização dos Chakras e da Kundalini, permete de se transformar em veículo ascensional. O termo Merkaba quer dizer "carruagem" em hebraico, mas eu mostrei em Ádam Genisiš que esta palavra também pode ser traduzida em egípcio, por exemplo.

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Os criadores dos Namlú'u são então estes famosos KAD4-IŠ7-TU ("antigo(s) montador(es) de vida") que correspondem aos planificadores chamados Elohim da Bíblia. O termo hebraico Elohim decomposto em sumério-acadiano dá EL-Ú-HI-IM "os poderosos elevados que misturaram a argila (ou o que é feito de argila = o Homem)". Os Kadištu montaram os Namlú'u a fim de combinar a ciência deles numa criação comum no planeta que se encontra mesmo no meio de uma área comercial que encarna uma zona de livre-arbítrio e de trocas no nosso universo. Os Kadištu pretendem servir a Fonte, que poderiamos associar sumariamente a "Deus". Quando saiu o primeiro volume das Crónicas, evoquei que o termo Kadištu se encontra no acadiano Qadištu que evoca uma "sacerdotisa de alto grau cuja equivalência suméria é NU-GIG "a não-doente" – título que era geralmente atribuído à deusa Isis... É preciso saber que na antiguidade, as sacerdotisas de alto grau praticavam a sexualidade sagrada, a que é suposta elevar a frequência dos homens em libertando a serpente enrolada, ou seja a Kundalini. Os homens daquele tempo podiam, em algumas culturas, como a da Mesopotâmia, honrar ou santificar a Deusa-Mãe e ter relações com ela nos templos pelo intermédio das sacerdotisas que a representavam.  Desta ação e do termo original Kadištu ou Qadištu, deriva provavelmente a palavra hebraica Qodesch (santificar). É claro que Yahvé, o deus único e ciumento não entendia as coisas dessa forma, e é por isso que encontramos na Bíblia todas estas passagens bastante difíceis onde Yahvé ordena proibições contra os "deuses falsos", o culto das deusas como Ashérah. Como vimos no primeiro volume (Le Secret des Étoiles Sombres – O Segredo das Estrelas Escuras), os Kadištu (Elohim) estão em conflito com a autoridade Ušumgal- Anunna que encarna o "deus" patriarcal e autoritário que encontramos na Bíblia sob o nome de Yahvé.

Karma One : Segundo Sitchin, os primeiros habitantes da Terra terão sido os colonizadores Anunna. Mas de acordo com o seu livro, os primeiros habitantes da Terra não foram nem os homens, nem os guerreiros colonizadores reptilianos Anunna, mas a Rainha Dìm'mege – soberana das Ama'argi, uma "raça" reptiliana planificadora de polaridade feminina – e os Imdugud, raça híbrida criada a partir de um pacto com uma outra raça felídea, os Urmah. As Ama'argi viviam no centro da Terra, no Abzu, as profundezas. Pode dizer-nos um pouco mais sobre as Ama'argi e sobre os Imdugud?

Anton Parks :
Uma humanidade já estava presente, a dos Ukubi'im (lit. "povo inferior de argila" = Homo Neanderthalensis), dos Ukubi (tipo Homo) e dos Ugubi ("antepassado inferior" = macaco). O tipo Ukubi (Homo) não é chamado de Ukubi nas tábuas de argila sumérias, mas é denominado de Ullegara ("colocado antes") e Annegarra ("colocado depois") quando elas falam de humanidade remodelada (retocada) pelos "deuses" sumérios. Existem outras denominações que eu utilizo em Ádam Genisiš e que também se encontram nas tábuas de argila, veremos isso mais tarde.
Sim, eu explico que a Terra era um lugar governado pelos Kadištu (planificadores). No primeiro volume, falei bastante sobre a presença das fêmeas Gina'abul (Amašutum) no grupo dos Kadištu. As Amašutum terrestres chamam-se Ama'argi, foi assim que recebi este termo. Este termo evoca "a remição das dívidas divinas", mas a sua tradução correcta em sumério dá : "mãe brilhante e estável (ou que restaura)". Explico no segundo volume que as Ama'argi tiveram por missão de restaurar a Terra depois dos muitos danos que ela sofreu no passado por causa das acções guerreiras e das diferentes manipulações genéticas efectuadas pelos Gina'abul reais chamados Kingú. Depois, tiveram por missão de dirigir os escravos humanos nas áreas agrícolas dos Anunna. As Ama'argi são lideradas por Dìm'mege (lit. "pilar obscuro"). Trata-se da LÍL-TI suméria ou da Líltu acadiana que encontramos na tradição hebraica sob o nome de Lilith. Quer seja Lílti, Líltu ou Lilith, a literatura sempre a descreveu como um demónio infernal, provavelmente por causa do medo que ela desperta e da sua origem que vai muito além da percepção humana. As Ama'argi e a rainha delas vivem no coração do Abzu (mundo subterrâneo), na cidade de Šàlim ("coração de eternidade" em sumério).

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Símbolo arcaico sumério AMA utilizado para formar o termo AMA-AR-GI. Ele simboliza uma estela sagrada ou um pilar erguido, atributo das divindades do céu às quais os humanos faziam um culto religioso. A estrela do meio (DIGIR) quer dizer "divindade".

Os Imdugud são o fruto de uma hibridação entre os Gina'abul reais chamados Kingù-Babbar (reais albinos) e os planificadores felídeos Urmah. São encontrados na literatura acadiana sob o nome de Anzu. Os Imdugud (lit. "sangue nobre") são simbolizados na Mesopotâmia por uma águia com cabeça de leão. A águia é o atributo dos Kingú e o leão é o emblema dos Urmah. Esta associação demonstra claramente o parentesco dos Imdugud. Os Imdugud são uma espécie de sentinelas de Ti-ama-te (o sistema solar). Inicialmente, eles foram programados para desempenhar um papel de conciliadores entre os Gina'abul reais e os Kadištu (planificadores). Mas eles sempre se mantiveram longe dos trabalhos dos planificadores. Os Imdugud são muito solitários, o papel deles transformou-se gradualmente ao longo dos tempos e eles acabaram por ganhar uma verdadeira independência entre as duas partes e a possibiliade de poderem negociar com eles quando quisessem. Nós falámos muitas vezes dos Imdugud com o engenheiro Gerry Zeitlin. É possível que eles sejam uma raça extra-terrestre que Gerry estudou e que é chamada  de "Tall Whites" ("grandes brancos").


Karma One : O bestiário sumério é muito complexo e as raças que você descreve, as suas interações, as suas alianças ou hostilidades também o são e obedecem a regras muito subtis. Como é que você conseguiu fazer frente a toda esta complexidade durante as suas visões, os seus flashs de informações, como é que você as pôs em ordem e ligou-as às histórias, também elas complexas, das tábuas sumérias? Quando você leu o conteúdo das tábuas que lhe pareciam ser as mais significativas, pode fazer logo a relação imediata e clara com as visões e informações que você tinha tido?

Anton Parks :
Como costumo dizer, levou-me algum tempo para por ordem em toda esta história – as diferentes personagens e respectivas personalidades, os diferentes nomes, raças, planetas, dimensões – tudo isso não era claro no início, sobretudo porque recebi estes "flashs" em desordem. A ordem e a compreensão chegaram naturalmente pouco a pouco ao longo dos anos, provalmente graças à quantidade de informações que pude recolher. E há também o sentimento de "déjà-vu", de conhecer ou de reconhecer a personalidade das personagens. É um mundo à parte, muito longe do nosso, mas tão vivo e ainda assim tão próximo do nosso em muitas maneiras... descobri acidentalmente a literatura suméria, no final dos anos 90, início dos anos 2000. Sim foi um choque, mas foi principalmente uma primeira motivação para me decidir a escrever as Crónicas. Alguns lugares descritos, a maioria dos personagens principais dos documentos mesopotâmicos estão relativamente de acordo com o que recebi, mas faltam muitos detalhes nas tábuas de argila... e o facto que nem tudo coincide com as minhas "visões". O enredo da história que eu conto encontra-se no entanto em algumas tábuas de argila, é provavelmente por isso que eu tenho esta "capacidade" a interpretar o simbolismo dos documentos mesopotâmicos.


Karma One : No primeiro volume, como no segundo, você descreve um conflito de proporções intergalácticas entre várias raças extraterrestres, na verdade duas grandes tendências : uma de polaridade masculina e outra feminina. As estirpes reais Ušumgal, que provam ser a alta hierarquia reptiliana composta de 7 dirigentes (Anšar, An, Lahmu, etc...), e a sua casta principesca e guerreira, os Anunna, perseguem com um ódio implacável outras estirpes reptilianas originárias de outra constelação, os Kingú-Babbar, vindos da constelação do Dragão e a rainha Tiamata que no entanto faz parte dos Ušumgal. A aristocracia Ušumgal vem da constelação da Lira e governa os reptilianos Gina'abul estabelecidos na Ursa Maior. Qual é o porquê de um tão grande ódio e deste conflito? Como é que ainda hoje nós vivemos as consequências deste conflito antediluviano?

Anton Parks :
É sempre a mesma história: a do sectarismo, do fanatismo religioso e do racismo. Todos estes comportamentos ou doutrinas não são exclusivas à Terra, encontramo-las também e até mesmo entre os povos mais evoluídos do nosso universo. A guerra de que você fala ainda não acabou. O conflito entre as realezas Ušumgal e Kingú dura à milénios. Ele está relacionado com  a própria origem dos Ušumgal. Estes parecem que foram clonados em tempos muito distantes pelos Kingú-Babbar (reais albinos), mas os Ušumgal não o entendem dessa forma por razões muito remotas no tempo e que não fazem parte do espaço-tempo que está relacionado com os episódios que recebi. Os Ušumgal são pretensiosos, muito arrogantes, sem dúvida porque eles têm um tamanho grando, que excedo largamente as diferentes estirpes que compõem a família Gina'abul. As fêmeas Gina'abul encontraram-se no meio destas brigas e tiveram por vezes, como fazendo parte dos Kadištu (planificadores), de reparar os danos causados por ambas as partes. Os conflitos que afectam directamente a parte da história que eu conto estão relacionados com a criação dos Anunna e o enredo que gira à sua volta. A rainha Tiamata rebelou-se quando ela soube desta conspiração e começou uma guerra contra os seus filhos Ušumgal com a ajuda dos Kingú...

Karma One : Todas as raças de extra-terrestres que você descreve (reptilianos, felídeos ou como "Horus" próximo dos pássaros), as diferentes castas e funções (castas guerreiras, castas planificadoras criadoras de "raças", etc) vêm de regiões muito remotas umas das outras, de constelações diferentes. Você sabe se estas "raças" extra-terrestres não derivam de uma única origem, uma única raça? Tem alguma lembrança do que se passou antes do período que você descreve?

Anton Parks :
Em Ádam Genisiš, Gerry Zeitlin e eu fizemos uma árvore genealógica a partir de informações que eu detenho até hoje. O leitor vai perceber que por vezes existem elos genéticos directos entre algumas raças e noutros casos, proceduras genéticas, ou seja, manipulações genéticas (clonagem). Não podemos falar de uma mesma origem ou de uma raça única, esta tabela explica-o bem. No entanto, estou limitado no tempo, conheço apenas os períodos temporais que estão em relação com o personagem de Sa'am (Enki-Osiris) e o seu filho póstumo Heru (Bêl-Horus). Por isso não tenho nenhum detalhe sobre eventos anteriores, mas apenas o que pode ser dito a estes dois personagens e que eles puderam codificar depois no Ugur, o cristal que eles possuiram...

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(ndt : Decidi pôr a tabela mais recente das estirpes e personagens primordiais nas proximidades de Uraš (a Terra), realizada por Anton e Nora Parks. Clique na imagem para ver em maior.)


Karma One : Comparados a outras raças, os guerreiros Anunnaki e os seus líderes, a aristocracia "Ušumgal", parecem portadores de desequilíbrios internos nos seus comportamentos, o que os torna agressivos. Você diz várias vezes que eles não estão em harmonia com os planos da "Fonte" de todas as coisas, de todos os seres. Qual é a razão deste desequilíbrio? Será que nós também herdámos esse desequilíbrio?

Anton Parks :
Trata-se de uma espécie de degeneração involuntária devida às várias manipulações genéticas e aos genes usados. Os Nungal de Enki vão por exemplo, "transformarem-se" pouco a pouco e mudar de cor de pele. Quanto aos Anunna, eles vão ficar doentes por causa da frequência terrestre que é demasiado elevada para eles e vão principalmente ter uma vida mais curta do que esperada, o que vai obrigá-los a unirem-se sistematicamente às fêmeas Gina'abul para obterem "o segredo das árvores" (das Estrelas Escuras).
O desequilíbrio Ušumgal-Anunna repercuta-se bem nos nossos comportamentos, porque nós somos realmente os herdeiros deles. Como é dito em Ádam Genisiš, o Homo Sapiens (Caim) não vem dos planificadores (Elohim) como o seu irmão Homo Neanderthalensis (Abel), mas dos "deuses estrangeiros" (Yahvé) que forma o regime Ušumgal-Anunna !


Karma One : Nos e ao longo dos dois volumes, você muda constantemente os nomes, denominações, para designar as personagens. Por exemplo, o personagem principal, no início do primeiro volume, chama-se Sa'am, e ao longo da sua vida vai adquirindo outros nomes : Nudimmud, Enki, Asar, Éa, etc. E é a mesma coisa para todas as personagens. Parece que o uso dos nomes é obsessivo não apenas para os Ušumgal e todo o bestiário galáctico, mas também para você. O uso de único nome para designar uma personagem do início ao fim da história facilitaria a vida do leitor, mas você parece obedecer a uma injunção interna. Parece que o uso dos nomes das personagens é ditado pelo contexto : contexto de cerimónia, elos intímos, nomes proferidos como um insulto, etc ? É esse o caso ? Era assim tão importante de usar todos estes nomes ?

Anton Parks :
Que pergunta maravilhosa, você percebeu tudo ! Sim, a posse de nomes diferentes (epítetos) é bastante doentia nos Gina'abul. O uso de alguns deles servem a valorizar um ser em situações precisas ou por vezes a insultá-lo. Vejamos alguns exemplos. Quando se trata de glorificar os feitos de Enki em matéria de clonagem, ele é muitas vezes chamado de Nudímud ("aquele que molda e traz ao mundo as imagens (clones)"). Quando Sa'am-Enki está zangado com Enlíl ("o senhor do ar"), ele usa por vezes um trocadilho e chama-o de Enlil ("o senhor louco"). Vejamos também o exemplo de Nammu, a mãe de Sa'am-Enki, que se vai opor ao conselho numa das assembleias, e será proclamada de Sagba ("excomunhão", "maldição"); cuja equivalência acadiana é Mâmîtu ("excomunhão", "maldição"). E nós sabemos que Mamítu é o seu outro nome principal! Como vê, o uso de nomes diferentes tem sempre um sentido ligado ao contexto no qual se encontram as personagens.


Karma One : A literatura gnóstica fala dos grandes Arcontes e do líder deles, Yaldabahot, como sendo a fonte do mal e do desequilíbrio no mundo criado. Você acha que os visionários gnósticos designavam os Anunna nas visões deles ?

Anton Parks :
Absolutamente. Os Anunna são certamente os Arcontes dos textos gnósticos. Várias passagens apócrifas apresentam os Arcontes como sendo anjos maléficos dirigidos por Yaldabahot (Ialdabahot) que nada mais é que o Yahvé bíblico. No segundo volume das Crónicas, eu insito no facto que Yahvé encarna a autoridade patriarcal liderada pelo "deus" An e administrada pelo seu grande Šàtam (administrador territorial) Enlíl, senhor do Edin (a planície Mesopotâmica)... como pode ver, a Bíblia não inventou nada !


Karma One : A hierarquia Ušumgal e os Anunna vieram para colonizar a Terra, e instalaram-se nas montanhas situadas hoje no Norte da Mesopotâmia, o Kharsag ou Harsag, e não na planície mesopotâmica. Você difere nisso com Sitchin que acredita que os Anunna se estabeleceram nas planícies – Eden – para instalarem bases espaciais para poderem acolher "foguetões". O seu livro destaca também que os Anunna e as outras raças ou castas, deslocavam-se com tecnologias muito mais sofisticadas que "foguetões" : naves interdimensionais anti-gravitacionais que usavam "portas estelares" ou "Diranna". Pode falar-nos mais sobre isso ?


Anton Parks :
No que diz respeito à instalação dos Anunnaki (Anunna terrestres), está muito claro para mim que eles instalaram-se nas montanhas do Tauro antes de se estabelecerem no Edin (a planície mesopotâmica). Foi o que recebi. No entanto, não percebo muito bem porque é que alguns autores ainda pensam o contrário, porque as tábuas de argila exprimem claramente esta evidência. Penso por exemplo às tábuas de Kharsag que eu cito no meu último livro. Outro ponto importante que vem acreditar esta versão, é o facto que os planificadores de Enki, os Nungal (ou Igigi), sejam obrigados a cavar os rios Tigre e Eufrates para alimentar em água as futuras cidades do Edin (a planície). Porque razão é que os Anunnaki se teriam instalado no Edin antes dos dois rios bíblicos terem sido cavados ? Como é que eles teriam sobrevivido nesta extensa planície sem água ? Tudo isso não faz nenhum sentido para mim.
No que diz respeito à tecnologia dos "deuses", e ignorando tudo o que eu pude ver nas minhas "visões", direi apenas uma coisa : tenho muita dificuldade em imaginar raças extraterrestres que se deslocam em foguetões no espaço ! Os foguetões ou as naves espaciais que tivemos ou que temos hoje são produtos interplanetários tipicamente humanos e não são naves intergalácticas que permitem viagens no nosso universo. Explico muito claramente em "Le Secret des Étoiles Sombres" a realidade das portas estelares e a sua utilização pelos "deuses". Não vejo o que poderia acrescentar, a não ser que eu estou absolutamente convencido que elas são o objecto de experiências da parte dos militares à várias décadas.


Karma One : A presença dos Anunna que colonizaram o mundo, data de tempos muito remotos, pelo menos 300.000 anos antes da nossa era. Acha que descobrimos ruínas e objectos que datam desta época longíqua, ou pensa que todas as ruínas descobertas datam de um período em que os Anunna já tinham ido embora ?


Anton Parks :
Devem de existir alguns objectos, mas a arqueologia e a paleontologia mostram-nos que é difícil de desenterrar artefactos "insólitos" que datam de mais de 10.000 anos, que é a data aproximativa do último grande dilúvio mundial.


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A data de julho de 9.792 antes da era cristã está escrita no calendário egípcio de Dendera, exposto no Museu do Louvre em Paris. Só podemos constatar que este ano, visto como a data do Grande Cataclismo, aproxima-se da data indicada por Edgar Cayce e por muitos investigadores independentes como Colin Wilson, Charles Berlitz, Graham Hancock... Esta época marca também o fim da última grande glaciação, certamente acelarada pela catástrofe.

O que nós procuramos encontra-se profundamente, muito profundamente no solo.  A Terra foi remexida, mudada, empilhada... Há também o trabalho de desinformaçãi que é realizado pela opinião erudita. Falei disso na introdução de Le Secret des Étoiles Sombres. Tudo é feito para catalogar os objectos de uma forma convencional, os objectos suspeitos são sistematicamente antedatados ou então escondidos nas reservas de colecionadores muitíssimo ricos ou ainda nas reservas dos maiores museus. Também devem de existir reservas governamentais ou militares, é uma certeza.


Karma One : O acto sexual de copulação (e o prazer de ordem sagrada que pode ser tirado dele) entre o personagem principal Enki e a sua amante Sé'et parece ser tabu. Porquê ? A Bíblia e as religiões do livro parecem também indicar um tabu semelhante, a união sendo apenas incentivada para procriar. Existe alguma ligação entre a situação descrita no livro e o tabu cristão do "pecado carnal" ?


Anton Parks :
É uma boa pergunta, mas não existe nenhuma ligação. Enki e Sé'et não têm o direito de acasalar porque supostamente, Sé'et deve suceder à sua mãe Nammu como Rainha do Trono. Mas Nammu pensa que a sua filha ainda não está pronta a substituí-la. Talvez porque Nammu também teve medo de ser despojada do poder que a rodeava junto aos planificadores da Terra. No que diz respeito ao tabu bíblico, falei disso no primeiro volume, ele reflete simplesmente o medo mórbido do poder patriarcal que governa este mundo à milénios e que não querem que o ser humano descubra (compreenda) e se misture à Energia Feminina que permite transcender a existência.


Karma One : As personagens principais de Ádam Genisiš são planificadores. Eles têm motivos diferentes mas todos parecem estar obcecados por uma tarefa : a criação de novas "raças", de novas experiências genéticas. Qual é o porquê desta busca frenética ? Sa'am, também conhecido por Enki, e a sua mãe parecem estar à procura de alguma coisa especial nas suas experiências genéticas. Que pode dizer-nos sobre isso ?


Anton Parks :
Sim, é claro. Na verdade, eles estão à procura de "perfeição", mesmo se muitas vezes eles utilizam o material que eles consideram como sendo defeituoso... O exemplo de Nammu e de Enki é cativante, porque os dois tentam melhorar os diferentes tipos Homo, quando o que lhes é pedido pela autoridade Ušumgal-Anunna é justamente o contrário... É uma busca impossível, solitária e clandestina que por vezes é "heróica". Nammu e Enki consideram-se como planificadores e vêem-se na obrigação de quebrar os códigos genéticos humanos para finalmente os poderem modificar em segredo para que as suas ações não sejam descobertas. É um jogo das escondidas grotesco e sobretudo desesperado...


Karma One : Pode dizer-nos porque é que nas histórias de abduções são os "Mìmínu", palavra do léxico Gina'abul-sumério que designa os extraterrestres "Grey" (os Cinzentos), que se manifestam mais hoje ? Porque é que nos relatos das vítimas, os reptilianos se manifestam mais raramente ?


Anton Parks :
Eu explico isso de uma maneira muito simples : os Mìmínu ("os Cinzentos") são e sempre foram os trabalhadores dos Gina'abul (lagartos). Foram eles que fizeram sempre o trabalho sujo e é normal vê-los em ação na linha da frente. No entanto, os verdadeiros responsáveis nunca estão muito longe.


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Mìmínu ("Cinzento")



Karma One : Você menciona a existência de um planeta "Mulge" ou de um astro negro que evoluiu entre Marte e Júpiter. No livro, este astro serve de refúgio temporário aos párias e inimigos da aristocracia patriarcal Ušumgal e dos príncipes guerreiros Anunna. Porque é que este planeta possui este estatuto e em que condições é que ele foi destruido ? Estaria ele habitado como normalmente entendemos, ou seja, na sua "terceira dimensão", a do KI ? Em resumo, qual é a história do seu satélite Mulge-Tab e como é que ele desempenhou um papel essencial na história da Terra ?


Anton Parks :
Eu realizei um grande dossier sobre este assunto em Ádam Genisiš (cf : "Neb-Heru, a Estrela da Manhã"). Antes de lhe responder, vejamos esta imagem tirada do livro :

ti-ama-te
Situação do sistema solar antes da destruição do planeta Mulge "o astro negro". O seu filho, geralmente chamado En-Zuna ou Bel-Zuna pelos Caldeus, simboliza a lua. Encontramo-lo aqui na forma suméria Mulge-Tab ("companheiro de Mulge"), lua de Mulge, chamada Neberu em acadiano e Neb-Heru ("senhor Horus") em egípcio.
Todos os termos utilizados nesta imagem são de origem suméria e acadiana. As proporções do sistema solar não são respeitadas. Apesar da surpreendente decisão da União Astronómica Internacional (UAI) de retrogradar Plutão em agosto de 2006, nós colocámos aqui Plutão pela simples razão que ele aparece nos catálogos mesopotâmicos.

Sim, existia um planeta entre Marte e Júpiter. Mulge é um astro que está presente nos documentos assírios e caldeus na forma suméria MUL-GE6 ("astro negro"). Ele é geralmente assimilado a um "mestre dos infernos ou do abismo". Trata-se do antigo planeta dos planificadores. É aqui e na sua lua Mulge-Tab que se reuniram os últimos resistentes da guerra contra os Anunna. A vida na terceira dimensão (KI) era apenas possível no interior de Mulge, ou seja, no seu Abzu. No entanto, eu explico no segundo volume que Mulge-Tab podia ser frequentado em KI, onde se encontravam muitas sacerdotisas Gina'abul e anfíbios Abgal de Sirius. Mulge (o astro negro) já não existia na época babilónica, mas parecia estar presente no inconsciente colectivo na sua forma de "senhor da morte e da destrução"... Alguns cientistas e autores pensam que este "hipotético" planeta que forma hoje a cintura de asteróides, explodiu à muito tempo, alguns dizem à milhões de anos atrás. Eu não estou nada de acordo com esta versão e exponho as razões no segundo volume. Para mim, Mulge explodiu por volta de 10.000 antes de J.-C. Esta explosão voluntariamente realizada pelos Ušumgal-Anunna, provocou a expulsão do seu satélite Mulge-Tab (hoje Vénus) que encontramos na forma En-Zuna ou Bel-Zuna nos caldeus e manifestamente na forma de Neberu nos acadianos e Neb-Heru ("senhor Horus") no Egipto. Veremos no terceiro ou quarto volume que o personagem de Bel corresponde ao Horus egípcio, filho de Sa'am (Enki-Osiris). No segundo volume, eu mostro que nos textos antigos, a assimilação do Neb-Heru egípcio e do Neberu mesopotâmico a Júpiter e ao par Mercúrio-Sol, exprime apenas o trajecto ou a "queda" lendária de Lúcifer-Vénus no sistema solar.

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Ilustração feita por Gerry Zeitlin a partir da teoria de Anton Parks, ©Zeitlin 2007.
A extensão da cintura de asteroides evoca a espuma do mar, de onde o planeta Vénus seria originário, de acordo com a mitologia greco-romana.

Esta ilustração feita por Gerry Zeitlin mostra que durante uma das suas excursões no coração do sistema solar, Mulge-Tab passou tão perto da Terra que perturbou as órbitas dos dois planetas. A Terra afastou-se do Sol e o circuito elíptico de Mulge-Tab entre Júpiter e o Sol foi perturbado. O novo circuito desordenado do futuro planeta Vénus criou uma forte convulsão cósmica que perturbou o conjunto dos planetas do sistema solar que foram também levados a afastarem-se, de Mercúrio a Júpiter. Foi certamente uma das passagens do futuro planeta Vénus que levou a Terra a passar de repente de 360 a 365 dias, como indicado por exemplo nos textos da Índia, como no Aryabhatiya (tratado de matemática e de astonomia), no Livro de Sothis (pelo sacerdote egípcio Manéthon) ou ainda nos antigos calendários dos Mayas. Vemos nesta imagem a magnitude excepcional da cintura de asteroides que lembra a espuma do mar, de onde o planeta Vénus seria originário, segundo a mitologia greco-romana.
Os trabalhos do autor Immanuel Velikovsky ("Mundos em Colisão") refletem a recente aparição de Vénus no lugar que hoje lhe conhecemos. Em Ádam Genisiš, dou outras informações que mostram ir no mesmo sentido. Entre elas, notemos a informação capital que deriva dos documentos funerários egípcios, como os Textos das Pirâmides. Nestes textos, os campos celestes que o falecido rei – imagem da Estrela da Manhã e de Horus – tem de percorrer são claramente assimilados a Osíris :
"Vê ! tu (Osíris) és grande e redondo no oceano, Vê ! tu és redondo e circular como o círculo que rodeia as ilhas [...] Ó rei ! tu és grande e redondo como o círculo que rodeia as ilhas do céu [...] Que possas rodear todas as coisas no teu abraço no teu nome de rodeador das ilhas".
Textos das Pirâmides 629-847-1631
Esta evocação será apenas inteligível para nós se considerar-mos o corpo dividido de Osíris como sendo a cintura de asteroides. O Faraó falecido ou o iniciado que praticará a elevação do corpo no coração da pirâmide onde nasceu Heru (Horus) é claramente associado a Heru-Khuti (Horus do horizonte) quando ele aborda "o lugar onde os deuses nasceram", ou seja Júpiter. O falecido rei, assimilado à Estrela da Manhã, conhece o caminho a seguir porque é ele que mostra o caminho da ascenção da alma ao reino dos deuses e o seu retorno como um novo sol : "Se eu vim à existência, foi além dos limites da Terra, na direção dos deuses, porque fui eu que criei o circuito" (Textos dos Sarcófagos 298 (B3L)).
"Este Pepi (o defunto Faraó) surgiu na direção leste dos céus onde onde nasceram os deuses e ele nasceu aqui com Heru (Horus) e Khuti (o horizonte). Este Pepi é triunfante, o Ka (o espírito) de Pepi é triunfante. A sua irmã é Sepdj (Sirius), ele nasceu como Estrela da Manhã".
Text of Pepi (Textos das Pirâmides), linha 177-178
Esta descoberta inédita é fundamental no sentido em que ela mostra que o astro perturbador Neb-Heru ("o senhor Horus") era Vénus. A restauração do corpo celeste de Osíris era claramente a mais nobre e querida tarefa que todos os seguintes da realeza egípcia deviam de realizar na última viagem ao coração da Duat cósmica. Este era o grande segredo que permitia de reequilibrar o ontem e o hoje que foi perturbado por volta de 10.000 antes de J.-C. A primeira incursão do astro perturbador no sistema solar data desta época, trata-se do momento da morte de Osíris e do nascimento do seu filho póstumo, considerado como a sua reencarnação e assimilado à Estrela da Manhã pelos antigos egípcios. Horus, o vingador (Lúcifer), vai "desmontar" a Terra e o mundo dos "deuses" para vingar a morte do seu pai e reparar a afronta sofrida pela sua famíla materna. Estes eventos militares que serão expostos no terceiro volume, coexistem claramente com as lendas humanas sob a forma das diferentes erupções do astro perturbador antes de ele se estabilizar finalmente e definitavemente no sistema solar... está tudo muito claro !


Karma One : Então, assim explica-se porque é que você difere significativamente da tese de Sitchin, para quem o 12° planeta, astro migrador de longo elipse, seria o lugar onde residiam os Anunna. Segundo as suas informações os Anunna(ki) vêm de uma outra constelação, certo ?


Anton Parks :
Tenho muita consideração pelo trabalho do Sr. Sitchin. O tema dos nossos trabalhos é bastante semelhante, mas nós não utilizamos os mesmos métodos. Eu trabalho a partir de informações que recebi, e pela força das coisas, sobre os textos antigos que poderão estar relacionados com toda esta história. Sitchin trabalha directamente sobre os textos antigos e procura sistematicamente a fazer conexões entre a Bíblia (e outros textos rabínicos) e os textos mesopotâmicos. Sitchin pretende desde o ínicio dos seus trabalhos que os Anunna(ki) viriam de um planeta que ele chama de Neberu, mas eu continuo a dizer que esta informação é totalmente errada ! É errada pela simples razão qie Sitchin pretende ter elaborado a sua tese a partir de documentos do antigo Oriente, mas esta informação não se encontra em nenhum destes documentos conhecidos. Não sou o único autor a notar este facto. Foi-lhe pedido muitas vezes para ele nomear o material onde estaria claramente indicado que os Anunna vinham de Neberu, mas Sitchin nunca pode dar quelquer tipo de resposta, porque estes documentos não existem. Toda a gente pode verificar este facto. A mitologia mesopotâmica está disponível em vários livros especializados. Este tipo de documento pode ser consultado nas melhores bibliotecas das maiores cidades do mundo. Cada um pode verificar por si mesmo... Os Sumérios e os Acadianos nunca escreveram nada do género ! Pelo contrário, todos os textos mesopotâmicos evocam um único lugar quando falam da proveniência dos Anunna(ki), que é claramente chamado Dukù  e cujo significado é "monte sagrado" ou "santo monte". Eu localizo este lugar nas Pléiades, a partir das informações que recebi. Não há nenhuma relação entre Neberu e o Dukù, nenhuma assimilação destes dois lugares nas tábuas mesopotâmicas. Pelo contrário, a presença das Pléiades é provada por muitos especialistas em várias tábuas de argila. Além desta irritante confusão que compõe a base do trabalho de Sitchin, eu acho que o seu estudo é notável, mesmo se não concordo com este autor sobre muitos pontos que ele expõe...

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Selo mesopotâmico que mostra um anfíbio Abgal com um ser humano. Em cima deles está uma nave na qual podemos perceber que se encontram personagens. À direita encontram-se as Pléiades como são geralmente desenhadas nas tábuas de argila.

Karma One : Você evoca regularmente a existência de dispositivos tecnológicos usados pelos Gina'abul (répteis machos) e pelas Amašutum (linhagens femininas). Temos primeiro as naves espaciais mas também os cristais de memória (Gírkù) que fazem pensar a computadores vivos. Você também fala dos assustadores "Dúbù" que podemos traduzir pela palavra "forja". Estes "Dúbù" celestes fazem quase pensar aos drones, dispositivos robóticos de vigilância, de contabilidade (do tempo e da produção mineira) que controlam os homens como uma espécie de Big Brother. Estes drones parecem ser apoiados por uma espécie de milícia reptiliana masculina, os Šàtamàm. O que é que são os Dúbù ? Podemos realmente falar de drones, de robots voadores repressivos de vigilância ? O Eden, dirigido por Enlíl parece-se mais a um inferno que a um paraíso. Pode falar-nos sobre as condições de vida do homem neste Eden das planícies mesopotâmicas ?

Anton Parks : Quando os sobreviventes Gina'abul da guerra que opôs os Anunna aos Kadištu (planificadores) vieram para a Terra, eles tiveram de enfrentar um ambiente hóstil, muito selvagem, sem verdadeira tecnologia excepto a que eles tinham com eles nas suas naves e a das Ama'argi, as planificadoras terrestres. A história deles mistura uma tecnologia altamente sofisticada e meios rudimentais, até mesmo grosseiros que o solo terrestre oferece. É por isso que vemos por exemplo, os planificadores de Enki, on Nungal, cavar os dois rios principais do Eden bíblico com um equipamento medíocre. Enlíl, o grande Šàtam (administrador territorial) do Edin (a planície mesopotâmica) aproveita-se desta situação e do seu estatuto para fazê-los trabalhar mais e em condições muito precárias.
O termo Dúbù ("martelar ruidosamente" em sumério) é a palavra que eu recebi na época. É uma palavra que encontramos na língua Dogon (Mali) na forma Dúbo, que exprime uma forja. Os Dúbù são efectivamente drones. Verdadeiros equipamentos automatizados, eles possuíam umas espécies de câmeras e todas as ferramentas necessárias para trabalhar o solo de Edin (a planície). Eles também pontuavam o ritmo da produção e assinalavam o ínicio e o fim dos trabalhos diários efectuados pelos trabalhadores humanos. Os Dúbù vinham de Marte onde An, o rei dos Anunna, trabalhava em vários projectos sagrados que só serão revelados no terceiro volume. Sim, o Edin (a planície) de Enlíl era um inferno para os trabalhadores humanos clonados para a ocasião. O grande medo que a humanidade sentia contra Enlíl é muita explícito em várias passagens, como esta "oração a Enlíl" escrita na argila : "Meu Senhor, cujo coração em cima não se acalma, Meu Senhor, cujo coração em baixo não se acalma, (...) Que me dobrou, que me acabou, que meteu o tremor na minha mão, que meteu o arrepio no meu corpo, que encheu a íris dos meus olhos, que encheu de sofrimentos o meu coração que cede, eu quero acalmar o seu coração puro, eu quero fazer-lhe um pedido. (...) Que os Anunna criados por An, façam uma oração em seu favor (...)" (Oração a Enlíl – Dalgish text n°11, Psalm fifty-one).


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Edin, a planície mesopotâmica

Esta oração reflete bem o ambiente do Edin mesopotâmico onde Enlíl e os seus Šàtamàm (milícia do Šàtam), as Šandan (arboricultoras, horticultoras) e as Santana (chefes de plantações) dirigiam o trabalhador que trazia todos os alimentos necessários à colónia Gina'abul. Kalam (Sumer), também chamado de o país de Máš (o país dos rendimentos agrícolas) era um monstro de crescimento onde, segundo os documentos do período néo-babilónico (durante o reinado de Nabuchodonosor II), época no entanto recente, a deusa Ninanna (Inanna-Ištar) teria recebido a cada dia uma oferta de alimentos equivalente a 300 pessoas. Para onde iam todas estas ofertas, se não para a boca dos "deuses" ?!... A oferta que era servida aos "deuses" sumérios em cada santuário era manifestada por várias apresentações de refeições por dia. Os arquivos de Duranki (Nippur), a cidade de Enlíl, chamam esta ração diária de alimentos de SÁ-DUG4, literalmente "ordenar e obter". A regulamentação rigorosa dos deuses e ânsia doentia deles de precisarem de controlar tudo no país deles encontra-se no Grande Documento Júridico da cidade de Duranki (Nippur) que se encontra nos Arquivos do Departamento das Antiguidades Orientais do Museu do Louvre em Paris. Este documento é un acto notarial bastante detalhado onde são especificados a disposição e o destino dos vários lotes repartidos em 15 lugares, constituindo um gigantesco domínio agrícola regido pelo pontífice de Enlíl. Uma outra oferta diária da época paléo-babilónica servia a alimentar os Anunna. O seu nome é KURUM6 (ou KUR6) e é geralmente traduzida em "ração" ou "cesta de comida". No entanto, a sua decomposição em KUR6-UM não deixa nenhuma dúvida possível sobre o sentido original deste termo proveniente da época longínqua das sacerdotisas Šandan e Santana do Edin: "a ração das parteiras". O seu homófono KUR9-UM é também muito claro: "o que é dado às parteiras". Eu explico claramente no segundo volume que as sacerdotisas Šandan e Santana vigiavam os trabalhos dos Ádam (trabalhadores-animais) no Edin para alimentar diariamente os Anunna, por isso não é surpreendente de ver no homófono KURUM7 os seguintes significados : "vigilante, vigia, espião" !!

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Vaso do museu de Bagdad (període Djemdet Nasr) que mostra a humanidade a trabalhar e a fazer ofertas a uma deusa (em cima).


Karma One : Na sua série de livros, "Ugur" é o nome dado ao "Gírkù", o cristal em forma de espada que serve de dispositivo de memória a Enki. Parece que o Ugur também tem uma forma de inteligência, de personalide. É por isso que lhe foi dado um nome, como os cavaleiros que davam um nome às suas espadas lendárias (como Durendal, Excalibur, Al'Abd, a espada do profeta) ? Existe alguma relação entre estas duas tradições, as dos Gírkù dos "Deuses" Gina'abul e as espadas míticas da cavalaria ? Existem mais Gírkù ? Enlíl tinha um ? Você pensa ter capturado as informações do Gírkù ou de outra fonte, a que poderia ser a alma de Sa'am ?

Anton Parks :
O Ugur é um cristal bruto que vem do sistema de Gagsisá (Sirius). O nome sumério U-GUR é geralmente traduzido em "espada", mas a sua decomposição rigorosa dá a seguinte definição : "a medição de capacidade 10". Para os sumérios, o número 10 (U) evoca a tempestade, e na Bíblia, ele simboliza a ordem divina. Assim, de uma forma metafórica, o cristal Ugur de Sa'am-Enki evoca decretos divinos fechados num objecto que tem uma enorme medição de capacidade. Da mesma forma, a partícula GUR também representa o facto de "verificar um relato", o que faz Sa'am-Enki, que utiliza o seu cristal para gravar as suas memórias e os seus próprios comentários sobre os acontecimentos que ele vive. A utilização do Ugur ou de um Gírkù requer geralmente o domínio do Níama (a força) que só alguns Gina'abul como Sa'am possuíam. Parece que os seres que têm uma frequência elevada como Nammu (a mãe de Sa'am), que não tinha o Níama antes de frequentar o seu filho, podem utilizar este tipo de cristal. É sem dúvida uma disposição de nível de frequência própria aos planificadores, que lhes permitia lidar com este tipo de objectos.

cristal

Está certo em fazer a aproximação entre o Ugur e as espadas lendárias das tradições antigas. Verá no fim das Crónicas que o Ugur foi uma destas espadas.
Não, não tenho a "lembrança" que Enlíl tenha possuído un Gírkù, mas ele trazia ME (decretos divinos) em cristais com ele. Veremos no terceiro volume que o forcado que às vezes ele usava, era também uma arma temível. 
Quanto à sua última pergunta, sinceramente não sei. Estou mais voltado para o lado de ter tido um contacto com o conteúdo do Ugur, porque senão, nunca poderia ter recebido as informações que se encontram no último capítulo do relato de Ádam Genisiš, e a função principal da Grande Pirâmide do Egipto e toda a compreensão que vem dessas informações...

Karma One : Ficamos a saber em Ádam Genisiš que o primeiro homem criado por Enki e a sua mãe Nammu foi concebido para ser um escravo. Você menciona a existência de protótipos mal sucedidos. Você mete em relação esta linhagem com o homem de Neanderthal. Nos museus e documentários, o homem de Neandertal é geralmente visto como um indivíduo de raça branca, barbudo, cabeludo. Parece que somos incapazes de conhecer a verdadeira pigmentação e pilosidade destes homens das primeiras idades. Você, pelo contrário, afirma que os primeiros escravos dos deuses Anunna evocados nos textos sumérios eram negros. Pode descrever-nos esta primeira linhagem de homens ? A sua fisionomia, carácter ?

Anton Parks :
Os "deuses" sumérios (os Gina'abul), chamavam estes seres de SAG-GI6-GA, termo extremamente delicado que os especialistas das tábuas de argila traduzem geralmente em "as Cabeças-Negras". As muitas tábuas que designam os seres humanos desta maneira, apresentam-nos como "a humanidade primitiva", no sentido que foi a primeira humanidade a ter sido posta au serviço dos "deuses". Provavelmente para não chocar e, certamente, para manterem a coerência com a história comumente aceite pela arqueologia e pela antropologia, os tradutores das tábuas pretendem que se tratava dos sumérios ou dos seus antepassados, porque eles tinham... os cabelos negros..? (sic). Em sumério, o monossílabo SAG evoca uma "cabeça", mas também : "um servo"; "um escravo" e "um homem". Com efeito, a escolha do termo "cabeça" é totalmente arbitrária. Seria lógico de traduzir Sag'giga em "os homens (ou escravos) negros" por outras razões igualmente essenciais : o homem de pele negra é o primeiro do género Homo e, como veremos, o Africano não foi apenas o primeiro a trabalhar para os "deuses" mesopotâmicos, como também foi o primeiro de uma longa série de reis prestigiosos. Se olharmos atentamente as muitas estátuas que representam os governantes egípcios (Djezer, Chéops...) e mesopotâmicos, como Gudéa, podemos ver que eles têm uma fácies inquestionavelmente de tipo negróide. O escritor e pesquisador Cheikh Anta Diop passou grande parte da sua vida a demonstrar esta realidade, convido todos os leitores a consultar as obras dele...

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A comparação entre os Egípcios de tipo negróide e os Sumérios é edificante aqui. O povo negro foi o primeiro a trabalhar para os "deuses" e a viver com eles.

De facto, não há dúvida que o Neanderthal era originalmente negro. A sua cor de pele, pilosidade e cor dos cabelos são totalmente desconhecidos. Embora saibamos que a sua origem é africana, os cientistas brancos preferem pensar que ele tinha a pele clara por causa da sua forte presença nas zonas temperadas e frias, precisamente na Europa. A análise dos ossos não permite determinar a pigmentação de um ser humano, por isso não temos nenhuma prova científica que o Neandertal foi sempre branco. Quanto a mim, estou totalmente convencido que originalmente ele era negro, e que a "versão" branca é mais recente. Os fósseis do Neandertal encontram-se na África, na Europa e no Médio-Oriente. A razão do Neandertal (Abel) ter sido o primeiro a trabalhar para os Anunna e para o regime Ušumgal explica-se pelo facto que ele é ligeiramente mais antigo que o Homo Sapiens (Caim), que é uma versão menos "espiritual" e autónoma do seu irmão Neandertal.


Karma One : Há pelo menos dois "projectos", duas linhagens de criação e de manipulação do ser humano : o projecto Neandertal e o projecto Cro Magnon. No seu livro "The Song of the Greys", Nigel Kerner descreve uma situação semelhante. Ele afirma que estas linhagens vêm de uma única linhagem, a do homem primordial, próximo da Fonte mas que foi interceptada e mais tarde manipulada por extraterrestres. O projecto Cro Magnon, mais agressivo e "imperialista" destruiu a linhagem Neandertal. O que pensa disso ?

Anton Parks : Não conheço o trabalho de Nigel Kerner, mas parece que estamos de acordo, em parte. No entanto, passaram-se muitos acontecimentos, diferentes fases antes disso. O que percebo de todas estas histórias de clonagem é o seguinte. É um pouco complicado, mas muito claro para mim :
1) Os Kadištu (planificadores) criaram os humanos primordiais Namlú'u como guardiões de Uraš (Terra). Podemos chamar este projecto "projecto Elohim" para melhor compreender o que está escrito na Genésis.
2) Por razões que estão explicadas em Ádam Genesiš (isto é, com a finalidade de mão de obra e alimentar), os reais Gina'abul chamados Kingú moldaram em Uraš o tipo Ugubi (macaco). É deles que descendem os primeiros seres do género Homo, como os Ádam Dili (animais primeiro), ou seja o Homo Erectus.
3) Nammu (mãe de Enki) e as suas companheiras planificadores são resposáveis do tipo Ukubi Ullegarra (Homo "colocado antes") : o Homo Néanderthalensis. Podemos também chamar este projecto de "projecto Elohim", porque ele foi efectuado por planificadoras, mesmo se o conselho Kadištu (planificador) não apoiou Nammu.
4) As Ama'rgi (fêmeas Gina'abul terrestres) são responsáveis pelas diferentes mudanças do tipo Ugubi (macaco) para o Ukubi (Homo) que dará o Ádam Dili (Homo Erectus)
5) Modificações genéticas no Ukubi Ullegarra (o Homo "colocado antes") para fazerem dele um escravo ao serviço do regime Ušumgal-Anunna. Foram Nammu, Enki e Ninmah que se encarregaram de criar este novo exemplar. Este espécime encontra-se nas tábuas de argila sob o nome de Annegarra ("colocado depois"). Ele é negro como os seus irmãos e é muitas vezes chamado de Sag'giga ("escravo negro") nas tábuas. Trata-se do Abel bíblico. A primeira versão é assexuada.

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Selo sumério que representa um "deus" reptiliano, talvez Enki, fazendo face a duas matrizes de onde emergem dois humanos perfeitamente constituídos. À direita encontra-se um frasco – semente de vida.

6) O regime Ušumgal-Anunna encontra dificuldades com este espécime demasiado inteligente e "espiritual", que de repente e graças a Enki tem um sexo. Os Ušumgal são forçados a criar uma outra versão de trabalhadores (ainda negros) a partir do Ádam Dili (Homo Erectus). Trata-se do Ukubi Ádam Min (Homo animais segundo) : o Homo Sapiens. É este que encontramos na Genésis 2.7 e que corresponde à segunda criação bíblica. Podemos chamar este projecto de "projecto Yahvé-Elohim", porque foi ordenado por An + Ušumgal (Yahvé) e executado por Enki e a sua segunda irmã Dim'mege (Elohim). Esta primeira versão não será totalmente satisfatória e Enki vai clonar clandestinamente outras versões. Trata-se do Caim bíblico.
7) Enfim, a versão Lubarra (branca) do Ukubi Annegarra ("colocado depois) : o Homo Neanderthalensis, será realizada clandestinamente pela irmã de Sa'am-Enki que se chama Sé'et (Ísis) e a versão branca do Ukubi Ádam Min (Homo animais segundo) : o Homo Sapiens, sera clonado por Ninmah e modificado secretamente pelos reais Kingú.


Karma One : Na Genésis, há uma passagem bastante desconcertante onde "Deus", depois de Eva ter comido o fruto do conhecimento, anúncia-lhe que ela deve ser punida. Entre as injunções divinas, encontra-se o célebre "darás à luz na dor". A este respeito, no seu livro, você detalha o que se teria realmente passado e o que se esconde atrás desta punição divina que é apenas um meio de controlar melhor a população humana. Pode dizer-nos mais sobre isso ?


Anton Parks :
Sabemos que o fruto proibido é geralmente conhecido por ser uma maçã. Parece que originalmente era um figo, e eu expliquei no primeiro volume que o seu homófono sumério PEŠ (figo) evoca um "útero" ou "as entranhas", o que indica uma metáfora sexual. No que diz respeito à maçã, não tenho nenhuma dúvida de que se trata de um audacioso trocadilho sumério. O termo sumério utilizado geralmente para nomear uma maçã é Hašhur. Porque é que ninguém teve a idéia de decompor esta palavra foneticamente ? É lamentável, porque a resposta é óbvia e teria permitido que ganhássemos um tempo precioso na compreensão do geste proibido que teria realizado o antepassado da mulher : HAŠ (maça) ; HUR (encarregar-se, gravar, contornos), ou seja "encarregar-se da maça". Esta definição evoca simplesmente o facto de que Eva teria tocado na "maça" do homem, ou seja no seu sexo, ela teria iniciado concretamente o homem à sexualidade ao tocar e ao consumir o seu pénis... o que é conforme à Genésis. A punição de Yahvé resultante deste acto é a seguinte : Yahvé amaldiçoa Nahas (a serpente) e decreta que a mulher dará à luz na dor. O que significa isto tudo ? É muito simples.
1) O termo hebraico Nahas (a serpente) é sumério. Os Gina'abule em seguida os sumérios, sempre gostaram de trocadilhos, por isso há várias possibilidades : NA-HAŠ "(aquele que tem) a maça (=pénis) do humano" ou NA8-HÁŠ "(aquele que tem) a bebida do baixo-ventre (= menstruação)" e enfim NÁ-HÁŠ "(aquele onde) reside a rainha (a Deusa)"... Estas três definições homofónicas confirman-nos que a serpente bíblica, que é a instigadora do "pecado", é aquela que possui os segredos dos sexos feminino e masculino e que ela trabalha para a causa da rainha (do mundo), ou seja, a Deusa-Mãe !
2) Eu traduzo o "nascimento na dor" de uma maneira muito simples: explico claramente no segundo volume que a primeira humanidade que esteve ao serviço dos "deuses" sumérios foi o tipo Ullegarra ("colocado antes") que corresponde ao Homo Neanderthalensis. No entanto, o homem de Neandertal e o tipo Homo anterior ao Homo Sapiens (o homem moderno) sempre tiveram uma bacia larga. Só o Homo Sapiens é que tem uma bacia mais estreita ! Nenhum cientista percebe este fenómeno. É claramente uma manipulação genética da parte dos "deuses" para controlar os humanos modernos, os Ádam Min ("animais segundo"). É puramente político : controlar o nascimento e dominar o medo pela dor. Este acto também teve como objectivo de submeter a "serpente" Enki e os seus próximos ao regime ditatorial Anunna, especialmente porque foi Enki que foi encarregado de modificar a constituição do novo trabalhador humano...

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Karma One : As estátuas sumérias, egípcias mas também das antigas civilizações da América do Sul, são muitas vezes compostas de "Deuses" híbridos que têm cabeças ou corpos de animais. De início, pensámos que eram representações simbólicas das forças e arquétipos da natureza. Quando lemos o seu livro, podemos perguntar-nos se estas estátuas não são uma representação simbólica mas fiel ao que os artistas viram ou ouviram ? Quando lemos certas tábuas de argila sumérias ou vemos as estátuas, a representação dos Anunna sob a forma reptiliana parece impor-se. Porque é que Sitchin pensa que são entidades humanóides e não reptilianas ? A não ser Boulay e o seu livro "Flying Serpents and Dragons", os autores parecem ignorar esta informação. Porquê ? Existem outros autores ou até mesmo arqueólogos ou especialistas que tenham notado a natureza reptiliana das "divindades" ?

Anton Parks :
Não compreendo porque é que o Sr. Sitchin não percebeu que os "deuses" sumérios, que fazem parta da família dos Anunna, são de tipo reptiliano, sobretudo que os seus epítetos estão frequentemente associados aos répteis. Existem também muitos selos que não deixam qualquer dúvida quanto à filiação reptiliana entre os deuses e a humanidade. Aliás, é bastante bom de ver que muitos admiradores da obra de Sitchin parecem de acordo com a teoria reptiliana, ao passo que Sitchin não.

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Cilindro sumério excepcional que mostra nitidamente a conexão reptiliana da humanidade. Vemos à esquerda um ser humano, e ao seu lado, híbridos humano-reptilianos, com ou sem caudas. Um Gina'abul com asas e com cornos, que simboliza a realeza (Ušumgal ou Kingú), mistura-se com o conjunto. A filiação "divina" do ser humano e as múltiplas misturas a que a humanidade foi submetida pelos "deuses" estão presentes em passagens da Bíblia, como em Genésis 6.2 onde os Bene Elohim (filhos dos Elohim = os Nungal de Enki) escolhem mulheres, entre as filhas dos homens...
Selo BM 130865, proveniente de Kalhu (Iraque)

O assunto deve de incomodar os preceitos religiosos divulgados pela Igreja. De facto, desde quando os anjos de Yahvé ou de Deus seriam reptilianos ? No entanto, os textos gnósticos e apócrifos não hesitam a dizer o contrário. Sem mencionar a serpente bíblica (Enki) que é muitas vezes confundido com o seu grande rival Enlíl, o Šàtam (administrador territorial) do Edin, indiquemos que Enlíl que possui toda a autoridade sobre o Eden bíblico, detém claramente todos os atributos do deus Yahvé !! No Apocalipse, em 20,2 e na Genésis Bereshit Rabba capítulo 22, Satanás é chamado de "a Serpente dos inícios dos tempos". Econtramos vestígios da palavra Satanás no Etíope "Shaïtan". Muitas pessoas pensam que o termo Shaïtan foi utilizado pelos árabes para evocar serpentes desde a mais remota antiguidade. A versão gnóstica cristã de Adão e Eva, indica por exemplo claramente a aparência não-humana dos "deuses" criadores de Adão e Eva : "Agora, Eva acreditava nas palavras da serpente. Ela olhou a arvóre. Ela arrancou alguns dos seus frutos e comeu-os. Ela deu alguns ao seu marido e ele também comeu. Em seguida, os seus espíritos abriram-se, porque enquanto eles comiam, a luz do conhecimento apareceu-lhes : eles sabiam que estavam nus. Quando eles viram os seus criadores ficaram horrorizados porque eles tinham forma animal ! Eles percebiam muitas coisas".
Existem de facto outros autores que falam do assunto reptiliano. Eu conheço Boulay e recomendo aos leitores o seu livro "Flying Serpents and Dragons". Há, claro, David Icke que examina com muito cuidado o assunto, mas ele parece concentrar-se no lado "mau" dos reptilianos. No entanto, tenho muita estima pelos seus trabalhos. E também há Barbara Marcianak que escreveu quatro livros sobre os reptilianos, mas concentrando-se no lado planificados deles. Devem de existir outros autores que falam do assunto, mas não os conheço.

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A humanidade está sob o jugo milenário dos "deuses" reptilianos, como mencionado aqui na placa 19 do Codex Nuttall (México).

Karma One : Os líderes reptilianos de quem você conta a história parecem ter influenciado o desenvolvimento das primeiras civilizações da Terra. Tratam-se das mesmas entidades que interagiram com nomes diferentes com todas as grandes civilizações antigas, nomeadamente as civilizações sumérias, acadianas, egípcias, gregas, sul americanas ?

Anton Parks :
Sim, penso que é o mesmo grupo de exilados, sobreviventes desta guerra absurda, que se opunha aos Kadištu (planificadores). Não eram muitos, algumas centenas. As várias mitologias da Terra devem no entanto mencionar outras entidades, sem dúvida planificadores, mas muito poucas, segundo o que pude estudar e compreender. A histórias é a mesma em todos os lugares, apenas mudam os nomes dos protagonistas, dependendo das regiões.


Karma One : Quando examinanos os relevos e as estátuas das divindades sumérias, assírias e a arte babilónica en geral, notamos que existe um grande número de representações de entidades híbridas, meio homens e meio leões. No seu livro, você fala de uma raça extraterrestre bastante sofisticada e poderosa – a linhagem dos Urmah. São eles que estão representados nestas enormes estátuas e relevos ? O planalto de Gizé tem um papel importante no seu livro : antes de ser o que os arqueólogos descrevem como um local funerário, era a sede de uma base desta gigantesca colónia extraterrestre que você chama de Urmah, e também o local onde dois rios correm, um dos quais é o duplo subterrâneo do outro. Pode dizer-nos mais alguma coisa ?


Anton Parks :
Os Urmah (lit. "grandes guerreiros" em sumério) são seres felídeos que fazem parte dos Kadištu (planificadores). Trata-se do exército oficial dos planificadores. Os Urmah participaram na guerra contra os Anunna até um certo ponto, como eu explico em Ádam Genisiš. Eles possuiam uma base gigantesca debaixo do planalto de Gizé, subsolo que os nativos chamam de Gigal. Este termo é totalmente desconhecido, não é egípcio, mas se tivermos a idéia de o decompor em sumério, GI7-GAL e GI6-GAL dão respectivamente "o grande e nobre" e "o grande e escuro". Todavia, este vocábulo lembra o termo latim Giganteus (gigantesco) ou ainda Gigantes (gigantes), ou seja os seres "monstruosos" – os filhos ou crianças da terra (os génios serpentes) – que queriam subir o Olimpo para destronar o rei dos deuses.
O Gigal é uma fortaleza e os seus muros eram muralhas inatacáveis. A grande maioria dos chefes de aldeias, ou seja, os iniciados, que vivem no planalto de Gizé estão bem cientes que o local está cheio de galerias que formam uma rede subterrânea absolutamente enorme ! Aliás, eles até conhecem a localização de alguns túneis, debaixo do nariz das autoridades e do Conselho Superior das Antiguidades Egípcias, que estou certo, fazem buscas secretas no locas há décadas.
O leitor que estiver interessado no assunto notará que a origem do termo Gigal vem sem dúvida do termo sumério KI-GAL que designa "a grande terra" ou "o grande lugar" que assimilei ao conjunto das dimensões terrestres desde o primeiro volume. No Egipto, o significado do Kigal sumério é desviado e unicamente especificado ao centro estratégico que encontra sob o planalto de Gizé e que dá acesso à rede subterrânea a que os textos antigos chamam de Duat. A assimilação do Gigal egípcio ao Kigal sumério é mais óbvia quando sabemos que o equivalente acadiano de Kigal é Kigallu, cujos sentidos são : "base ; terra infertil ; subsolo ; mundo infernal". Os sumérios e os acadianos temiam esta terra ao ponto de a assimilar à noção que eles tinham do Kur inferior. O reino dos mortos do "país estrangeiro" chamado Kemet (Egipto) – decomposto em sumério-acadiano em KE-EM-ET ("a terra do preságio da tempestade") – é o domínio nocturno onde se enterravam os mortos, onde os mortos recebiam um culto funerário totalmente desconhecido e temido em Kalam (Sumer). O santuário antediluviano colocado sob as pirâmides de Gizé foi re-utilizado pelos "deus egípcios" como base subterrânea e em seguida para efectuar os ritos fúnebres dos antigos faraós em vista de restaurar o corpo e a alma dos governantes do Egipto, sucessores de Osíris e de Horus.
O caminho de água dos textos funerários egípcios que você evoca na sua pergunta é regularmente chamado de Urenes (Ur-nes), cujo significado é "o gigantesco" ou "o muito grande". Trata-se do Nilo subterrâneo, no qual navegava o barco solar do falecido rei. No registro 2 da primeira hora do texto funerário de Amduat, está estipulado que o rio subterrâneo mede 300 iterou, ou seja cerca de 3.180km. O Urenes atravessa uma zona subterrânea colossal chamada Duat, cujas dimensões correspondem aproximadamente às do Egipto, e que oferece uma paisagem semelhante. O Duat é dividido em 12 secções que correspondem às 12 horas da noite. O rio Urenes atravessa no seu interior regiões escuras, frias e inóspitas. As suas margens são bordadas de colinas montanhosas, segundo os textos funerários como o de Amduat. Voltando à decomposição suméria do termo Urenes que efectuei na nota 112 do primeiro volume, obtemos diferentes possibilidades, todas equivalentes pelo jogo da homofonia : ÙR-EN-ÈŠ "a passagem até ao santuário", ÚR-EN-ÈŠ "a base até ao túmulo", UR5-EN-ÈŠ "o lugar de peregrinação da alma do senhor"...
Como vê, há muito a dizer sobre o planalto de Gizé. Eu mostro ao fim de Ádam Genisiš que a base subterrânea Gigal está presente nas tábuas de argila mesopotâmicas. Os "deuses" sumérios estavam em guerra contra esta fortaleza subterrânea que se tornou na base dos adversários do regime Anunna, que são os seguidores de Osíris e de Horus. Tudo isso será extensivamente desenvolvido no terceiro volume da série das Crónicas do Gírkù.

© Anton Parks
Entrevista : Nexus francophone n° 50, maio-junho 2007
Tradução do Francês para o Português : Ataegina, 2014